sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Jeitinho Brasileiro

Não faria questão de escrever sobre isso, mas já que é pra faculdade...

                                             Essa imagem resume o texto

 
Nessa semana foi divulgada (mais) uma pesquisa que aponta o povo brasileiro como o mais "caliente" e também o mais infiel. Tal pesquisa é mais uma mostra da diferença cultural e de valores de "nós" brasileiros com o resto do mundo.

Por que o povo que sempre faz tudo as avessas, tenta tirar proveito de tudo que é possível e acha que é bonito abdicar da ética não passaria por cima de suas relações afetivas/conjugais?


Para ilustrar minha opinião um tanto quanto negativa, vou contar uma história recente que ocorreu com um amigo meu. O senhor "S" um belo dia adquiriu um cargo de manda-chuva em uma repartição pública. Suas primeiras ações foram a de controle de irregularidades e de acabar com mamatas. Isso rendeu elogios? Pouquíssimos. Pelo contrário, até os mais próximos do senhor "S" reclamaram que ele "prejudicou" os funcionários, que não precisava cortar os benefícios "extras". Foi julgado por ter uma coisa que não é comum no Brasil: princípios.


Posso também citar casos mais usuais, como em um dia em que conversava com duas pessoas maduras de idade e de alto grau de instrução que comentavam sobre seus gatos de TV a cabo. Quando disse que se aproveitar do vizinho que paga pela TV era um absurdo fui criticado. "Pra que vou pagar pra eles que ganham milhões se eu posso ter de graça?" dizia um. Por um simples motivo, honestidade. Da pra citar outros milhões de casos que aconteceram comigo e com outras pessoas que provam a falta de valores do brasileiro.


Em razão desse tipo de reprimenda, garanto que muitos dos participantes "de bem" da enquete responderam que já foram infiéis para agradar aos outros. Quem não aproveita uma oportunidade de traição não tem o jeitinho brasileiro e merece exclusão! Ou é essa a visão que infelizmente muitos tem.

Porque alguem que não é honesto em questões simples e demonstra não ter valor moral nenhum seria fiel com sua esposa/marido? É por isso que eu sempre digo, se quer ter um relacionamento sério com alguem escolha bem e tenha certeza de que conhece a pessoa em questão.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Reflexões da Rotina Humana

esse texto foi feito pelo meu amigo Luan Saltori,

A criança observava. Observava pessoas desconhecidas andando,se preocupando com motivos que, segundo eles, ela só entendera quando crescer.

Ela não entendia porque isso. O tempo é ilimitado,como as possibilidades que o mundo dá. Por que é tudo tão forjado? Entre tantas escolhas a serem feitas,o homo sapiens se limita a isso: um simples roteiro.

Como podemos saber se as coisas podiam ser diferentes? A cada escolha, portas são feitas. Teremos a habilidade de escolher a porta da mudança? Ou estamos fadados a ficar na mesma porta,a porta da rotina,do roteiro,do conceito de vida criado erroneamente.

A criança sentia medo de crescer e fazer parte do sistema gigantesco da vida. Seria ela capaz de amadurecer aprendendo com o tempo o que é certo? Ou não existiria um certo?

Isso,pensa ela,é estupidamente louco. Mas afinal,parece muito mais razoável que essa vida.

E em meio a essas indagações e batalhas interiores,em meio a essa incessante busca pelo caminho da vida,do seu próprio conceito de vida,a criança observava.

sábado, 2 de outubro de 2010

Eleições 2010

Como um entusiasta da política e admirador da retórica e afins, além de grande crítico das coisas e pessoas, não podia deixar de fazer um post sobre as eleições para 2010. Vou me ater a fazer um apanhado geral de cada candidato a presidente e não entrar nos outros cargos.

Dilma Rousseff


Além de não ter um currículo digno e não ter uma história pessoal digna, não tem perfil para liderar. Claramente uma candidata inventado pelo PT (até fisicamente é notório quão "construída" ela foi) apenas para ser o novo fantoche no poder. Sua estratégia de campanha é simplesmente ser a sucessora do presidente Lula. Está no partido mais corrupto, foi Ministra da Casa Cívil, ministério este onde ocorreram inúmeros casos de corrupção. Mas assim como Lula, ela prefere dizer que não sabia de nada. E o pior de tudo, a incapacidade intelectual. Dilma tem grandes dificuldades para articular suas falas. Talvez seja por isso que está vencendo as pesquisas.

José Serra


Tem muita bagagem política, de secretário e ministro a deputado e governador, tendo feito bastante (o maior exemplo são os genéricos enquanto Ministro da saúde). Apesar disso, é um candidato sem nenhum carisma e com uma estratégia de campanha pífia. Aparenta ter sido indicado para a presidência apenas para fazer presença para o partido e a coligação. Governando o Brasil não haveria muita diferença entre ele e sua principal adversária, Dilma. A grande vantagem de Serra em cima da concorrente é que ele seria um representante digno para uma nação e faz parte de um partido com um pouco mais de ética do que o PT que promoveu escandalos titânicos e nunca teve um posicionamento firme contra a corrupção. Mas também é um candidato fraco.

Marina Silva



Praticamente desde o início das eleições venho criticando essa candidata pelo seu discurso inócuo, mas nos últimos dois debates me surpreendeu e inverteu minha opinião. Demonstrou conhecimento de política e propostas coerentes. Ao contrário dos dois primeiros candidatos, que fizeram das eleições uma "briga", ela apontou os pontos positivos dos governos Lula e FHC e insistiu que não mudaria o que está bom por rixa política, trabalharia no desenvolvimento desses fatores e focaria em outros pontos. Se mostrou bastante conciente durante toda a campanha, mesmo com o discurso inócuo nunca trabalhou na destruição da imagem dos outros. Mesmo com seu currículo não tão recheado como o de José Serra, ela demonstra ser a candidata com mais consciência e ponderação.

Plínio de Arruda


Com certeza conseguiu muitos votos durante os debates. Com postura agressiva e irônica, demonstrou bastante conhecimento político e boa retórica, derrubando seus adversários facilmente. Seu maior problema é o posicionamento excessivamente esquerdista, e seu partido que beira o fanatismo. Mas pela ponderação demonstrada, deu a entender que o discurso de esquerda não seria botado em prática de maneira inconsequente (como ocorreu no Chile de Allende ou na Cuba de Fidel). Acredito que ele faria o possível para implantar algumas propostas esquerdistas (que em muitos casos são positivas, se implantadas de maneira correta), mas não mexeria na estrutura de governo, que vem muito bem.