terça-feira, 20 de setembro de 2011

POLÊMICA NO BOXE

Podcast feito para a faculdade sobre a luta entre Floyd Mayweather Jr. e Victor Ortiz valendo o título do conselho mundial de boxe na categoria meio-médio.

domingo, 11 de setembro de 2011

SURPRESA? JAMAIS!

   Ontem foi dia de um dos melhores eventos do MMA do ano, a trigésima sexta edição do Strikeforce. O card principal contou com as semi-finais do GP de Pesos-Pesados, além de luta pelo título dos médios, a promissora luta entre o fenômeno do Jiu-Jitsu Roger Gracie e King Mo, e um card preliminar de fazer inveja a muitos eventos do mundo, contando com o ex-campeão dos meio-pesados do Strikeforce Rafael "Feijão" além dos experientes Evangelista "Cyborg" e Mike Kyle.
        Mas o maior destaque do evento foi o substituto do campeão do Strikeforce, Alistair Overeem, no GP dos pesados. Daniel Cormier teve um desempenho impecavel e conseguiu nocautear Antônio "Pezão" Silva ainda no primeiro round. O gigante brasileiro, por sua vez, vinha de uma vitória espetacular em cima do maior de todos os tempos, Fedor Emelianenko. Mas Cormier não se deixou abalar com sua situação de zebra.
       Quando Cormier foi anunciado para substituir Overeem, na hora eu disse "Excelente troca! Agora temos um novo favorito nesse GP" - e isso não se deve a baixa qualidade do GP, que conta com o grappler de ponta Josh Barnett e o trocador excepcional Sergei Kharitonov, além do Jiu-Jitsu de Pezão e dos grandes lutadores que já sairam. 
       Um wrestler medalhista de ouro no Campeonato Pan-Americano de 2002, ouro no Pan de Santo Domingo (2003), bronze no Pan do Rio (2007) e bronze no campeonato mundial de 2007, além de ter marcado presença em duas Olimíadas, sendo capitão do time americano em uma delas, não deve ser subestimado. Isso sem contar os 32 títulos de Cormier como wrestler, e mais os dois títulos no MMA, em uma carreira que se iniciou apenas em 2009 nas artes marciais mistas. Não bastasse seu currículo recheado como wrestler, ele já havia demonstrado sua qualidade na trocação com um boxe bastante técnico em suas duas aparições no Strikeforce: no nocaute sobre Jason Riley com um minuto de luta, e na vitória por decisão contra o experiente Jeff Monson.
       Na luta, não pudemos ver o brasileiro, já que ele não fez absolutamente nada no round de combate. Já Cormier mostrou sua capacidade em poucos minutos, fazendo o gigante balançar até com seus jabs. Isso que Daniel Cormier ainda não chegou a utilizar seu wrestling de ponta no Strikeforce!
       Podem anotar esse nome, que estará nos rankings de melhores pesos-pesados do MMA, provavelmente lutando pelo UFC. Josh Barnett (que passou com tranquilidade por Kharitonov) terá o árduo trabalho de derrotar Cormier, já que a trocação do "American Baby Face" é nula, e dificilmente ele conseguirá derrubar o wrestler olímpico para aplicar seu magnífico jogo de solo. Eu fico com o invicto Cormier nessa disputa, que conta com 9 vitórias em seu cartel e nenhuma derrota!

sábado, 3 de setembro de 2011

DECEPÇÃO


Uma das lutas mais esperadas do ano acabada sendo uma das piores
            Depois de uma ótima primeira parte das quartas de final do torneio de pesos-pesados do Strikeforce, realizado dia 12 de fevereiro e um dos melhores eventos do MMA do ano, a expectativa para a segunda parte era grande. Já garantidos nas semi-finais estavam o russo Sergei Kharitonov, que nocauteou Andrei Arlovski no primeiro round, e o brasileiro Antônio “Pezão” Silva, que surpreendeu vencendo o maior lutador de todos os tempos, Fedor Emelianenko. As lutas da noite para fechar as quartas de final foram entre o campeão do Strikeforce (e também do Dream - evento japonês de MMA - e K-1, principal evento de Kickboxing do mundo), Alistair Overeem e o brasileiro Fabrício “Vai Cavalo” Werdum (primeiro lutador a conseguir vencer Fedor após 10 anos de invencibilidade do russo) - que definiria quem iria enfrentar o brasileiro – e Josh Barnett contra Brett Rogers, para definir o adversário de Kharitonov.
            O evento contou com outros três embates, dois entre pesados (o jovem Daniel Cormier contra o experiente Jeff Monson e Valentjin Overeem, irmão de Alistair, versus Chad Griggs), e uma entre leves (K.J. Noons contra Jorge Masvidal). Cormier, que já disputou duas olímpiadas, uma como capitão do time americano de Wrestling venceu de forma convincente, demonstrando um surpreendente jogo de boxe, dominando toda a luta contra Monson. Griggs fez Overeem desistir ainda no primeiro round, após uma grande sequência de golpes. Entre os leves Masvidal, lutador que fez fama com seus vídeos de briga de rua no Youtube (como os de Kimbo Slice), derrotou de forma unanime Noons. Masvidal demonstrou um excelente jogo em pé, conseguindo superar o boxe afiado de seu rápido e ágil oponente.
            Voltando a falar no Grand-Prix, na primeira luta da noite tivemos Josh Barnett, ex-campeão de pesados do UFC e finalista do GP do Pride de categoria livre, mas que fez sua fama negativa por nada mais nada menos que três testes positivos para esteroides em sua carreira. De qualquer forma, se provou um grande combatente após vitórias sobre alguns dos melhores nomes do mundo das lutas, como Minotauro e Randy Couture, além de um ótimo cartel com 29 vitórias e apenas 5 derrotas. Seu jogo consiste na boa mistura de um wrestling de ponta com um Brazilian Jiu-Jitsu faixa preta. Do outro lado estava Brett Rogers, bem menos experiente e que ainda não se afirmou como guerreiro de ponta, tendo sido derrotado em todos os seus grandes desafios. Mas seu boxe bom e sua mão pesada eram perigosos para Barnett.
            Na peleja, a experiência de Josh pesou. Ele colocou Rogers para baixo e manteve assim a luta por todo o primeiro round. No início do segundo assalto, o ex-campeão do UFC teve a mesma postura e botou o adversário na lona. Mas dessa vez impôs seu ótimo Jiu-Jitsu e conseguiu a posição para finalizar com um triângulo de mão. Na semi-final Josh Barnett irá encarar Sergei Kharitonov.
            A luta principal da noite envolvia muita expectativa. Seria a primeira de Overeem após a conquista do título do K-1. Assim como Werdum também estava em alta, após a surpreendente vitória por finalização em Fedor Emelianenko. Outro fator para apimentar a disputa foi os dois atletas já terem se enfrentado anteriormente, no Pride, com vitória de “Vai Cavalo”. 
Entretanto, ao contrário do que todos estavam esperando, o combate foi decepcionante. Da para dizer que não houve luta. O brasileiro fingia trocação, mas sempre com o intuito de chamar o holandês para cima e se jogar no chão, simulando um knockdown e chamando o oponente para sua guarda, onde nosso conterrâneo poderia utilizar o seu único jogo – o Jiu Jitsu. Essa foi a fórmula utilizada contra Emelianenko. Mas Overeem estava esperto e não caiu. Após Fabrício se jogar no chão inúmeras vezes e muitas vaias da plateia, até o campeão, irritado, abriu mão de seu jogo. No terceiro assalto Werdum até atacou em pé, e seu algoz apenas se defendeu, já que a cada golpe desferido, “Vai Cavalo” se jogava. Overeem até entrou no jogo do brasileiro em alguns momentos, indo para o chão, mas apenas administrou, não dando a possibilidade finalização.
            A vitória foi dada para Alistair por decisão unânime. O campeão, muito contestado, especialmente pelos fãs do UFC, não botou em prática seu Muay-Thay de altíssimo nível e acabou mais contestado do que antes. Já Werdum irritou muitos fãs, até mesmo brasileiros, com sua luta covarde. Mas apesar do fraco main-event os outros embates tiveram qualidade.

MUDANÇA DE PLANOS

Dia 18 de Julho Alistair Overeem alegou que não iria lutar com o brasileiro Antônio “Pezão” Silva no dia 10 de setembro pelo GP do Strikeforce. O holandês disse que não teria tempo suficiente para se preparar para a luta. Seu substituto será o jovem e invicto Daniel Cormier.
A troca de adversário frustrou Pezão, que após vencer o maior lutador de MMA de todos os tempos – o russo Fedor Emelianenko – de forma incontestável, enfrentaria o atual campeão do Strikeforce e do K-1 (principal evento de Muay-Thay do mundo). "Estou frustrado e decepcionado que alguém considerado um dos melhores lutadores do mundo possa desistir da competição e se recusar a lutar comigo. O Overeem é um grande cara, mas não gostei da postura dele como lutador” depõe Pezão. Além da oportunidade perdida, Pezão também terá que mudar seu jogo, já que Cormier é wrestler de nível Olímpico e com certeza irá trabalhar mais o jogo de chão, enquanto o holandês buscaria a disputa em pé.