quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hiroshima


John Hersey escreveu seu nome na história ao descrever detalhadamente os relatos de seis sobreviventes do primeiro ataque nuclear da história, no livro “Hiroshima”. Com linguagem fácil e acessível e um detalhamento incrível nas histórias, o livro mesmo sendo escrito de maneira informativa, livre de emoções forçadas e sensacionalismo, passa o sentimento de quem viveu um dos piores momentos da história do homem.
    
Para escrever seu livro reportagem, Hersey vai até Hiroshima um ano após a tragédia para colher as descrições dos sobreviventes sobre o durante e o depois da explosão da bomba e retorna quarenta anos depois para rever seus entrevistados.





As descrições minuciosas em alguns momentos chegam a chocar, como quando os entrevistados comentam do cheiro das pessoas queimadas, dos momentos após a explosão onda haviam vítimas por todos os lados.
   
Outro fator interessante do livro é a maneira como é escrito. O livro intercala as histórias dos personagens em ordem cronológica, algumas vezes dando a impressão de se tratar de um filme com suas mudanças de cena. Além disso, as histórias dos seis sobreviventes acabam se intercalando em momentos do livro, criando um elo a mais entre eles, além do elo de serem sobreviventes da bomba.

Esse grande exemplar do jornalismo literário além de contar um lado da história até então desconhecido, detalha o ápice do sofrimento humano causado por outros humanos, sugerindo mesmo que não intencionalmente a reflexão do leitor sobre o tema.

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