quinta-feira, 7 de julho de 2011

MARCHA DAS VADIAS

   Enquanto voltava da faculdade nesta manhã, ouvia o programa 91 Minutos - que incrivelmente melhorou depois da saída da Maria Rafart, que já estava "vulgarizando" o programa, confundindo abordagem descontraída com programa de humor barato, que agora podemos conferir na Transamerica Light no mesmo horário - e lá estavam as idealizadoras da polêmica Marcha das Vadias, que será realizada nesse mês em Curitiba.

   Creio que a péssima escolha no nome já está distorcendo o verdadeiro ideal da marcha - ser um protesto contra a violência e abuso da mulher. Reflexo disso foi uma das próprias organizadores invertendo totalmente os valores da marcha, dizendo que seu objetivo era "desmistificar o termo vadia, já que a mulher tem a opção de ser vadia". Esta moça parecia meio perdido em relação a própria marcha, enquanto sua parceira consertava suas cagadas. Logo em seguida a amiga veio dizer que não se tratava de uma marcha com o objetivo de tratar de sexualidade, e sim da violência sob a mulher.
   Em seguida, a mesma idealizadora que falou besteira soltou outra pior: disse que o fato da mulher ser mais sensivel e meiga, que ela devia cuidar dos filhos, era tudo besteira, não passando de imposição cultural, e do outro lado o mesmo acontecia com o homem ser fálico: segundo ela puro machismo. Se o homem não é fálico, o que é fálico? Talvez seja desconhecimento da mesma quanto ao termo, mas foi uma pérola. E quanto à sensibilidade (no sentido de sentir mais as coisas, e não de ser frágil) não tem nada a ver com cultura. A mulher é naturalmente mais "sensorial", e o homem é naturalmente mais "embrutecido", isso aparece em toda a natureza, mesmo nos animais (com raras excessões). Cultural é o fato da média das pessoas ser embrutecida, reflexo da ignorância semeada nos dias de hoje, em que é mais importante fazer sexo com o maior número de parceiros do que obter conhecimento. Ah sim, novamente a amiga ponderada demonstrou ser contraria a opinião da outra.

   Enfim...sou totalmente a favor da marcha, mas creio que na escolha do nome já houve a deturpação. O que mais veremos serão homens travestidos de mulher, mulheres com pouca roupa expondo sua liberdade sexual, pessoas oportunistas querendo tirar vantagem da situação (meio inverso ao ideal do protesto) e pouco irá se ver de "politização", como sugeriu uma das criadoras, e mesmo do tema "violência", como era a ideia inicial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário