segunda-feira, 7 de julho de 2014

Embate de GIGANTES

Amanhã é dia de clássico do futebol mundial. Momento peculiar na edição da Copa que estamos vivendo. Muitas surpresas (precisa dizer mais que 'Costa Rica'?) e poucos jogos entre gigantes (sobretudo na fase mata-mata, onde só França e Alemanha fizeram uma partida entre campeãs mundiais). Para quebrar a regra, simplesmente a disputa entre as duas maiores seleções da história das Copas. Eu sei, a Itália é tetra e a Alemanha tri, mas a Alemanha mostra a maior regularidade, tendo o mesmo número de finais de Copa do Mundo que o Brasil (7, 3 títulos e 4 vices), e quatro terceiros lugares (inclusive nas duas últimas Copas...e em 2002, relembrando, foi vice do Brasil).

Em meio a esse gigantismo todo, temos duas seleções muito distintas. De um lado a seleção mais faltosa/violenta da Copa (violência que ficou clara na última partida, quando os jogadores brasileiros abusaram das faltas duras para inibir Cuadrado e James Rodríguez, craques colombianos, e violência, que não coibida pelo juiz, culminou na lesão de Neymar...mas esse é outro papo que renderia muito). Do outro, temos a seleção que mais troca passes na Copa. 

Duas gigantes fugindo das suas características. Brasil, famoso pelo futebol arte, vem fazendo seu nome no Mundial através do futebol truculento característico dos times de Felipão (em 2002 foi parecido...menos violento e mais talentoso, mas igualmente bagunçado e igualmente comprometido em vencer a qualquer custo). Alemanha, caracterizada por um futebol objetivo e vertical, dessa vez segue o futebol envolvente (e frágil) desenvolvido por Pep Guardiola no Barcelona e mais recentemente no Bayern de Munique.

Mais do que nunca, o Brasil precisa se superar se quiser chegar as finais. Apesar da Alemanha ser uma equipe confusa graças ao treinador Joachim Löw, como já citei em análises anteriores, é o time mais técnico da Copa e também tem posse do elenco com mais possibilidades. O Brasil, também bagunçado, além de tudo conta com a falta de qualidade dos convocados. E no jogo de amanhã, tem dois desfalques de peso: Neymar e principalmente Tiago Silva.

O efeito emocional (casa e camisa) que vem carregando o Brasil perde forças diante da Alemanha. Chile, freguês eterno, e Colômbia, que se acovardou no primeiro tempo, não tiveram capacidade de enfrentar esta carga brasileira. Odeio admitir isso, mas no futebol, camisa e tradição tem muito peso. Mesmo no alto nível técnico e físico do esporte profissional, ainda falta culhões para a maioria dos times, o que limita as disputas em grande nível à poucos (Brasil, Argentina, Alemanha e Holanda? E a novidade, cadê?). 

Dessa vez a canarinho terá de apresentar alguma coisa em campo se quiser superar a imponente Alemanha, que mesmo com os problemas táticos causados pelo treinador, é a grande força a ser superada neste mundial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário