sábado, 12 de junho de 2010

Copa do Mundo - Análise dia 1 e dia 2

Finalmente começou a Copa, 4 anos de espera que sempre valem, e COMO valem. A única época em que a mídia se torna suportável, que ver TV vale realmente a pena. Enfim, sem muitas divagações pessoais, vamos ao que interessa, FUTEBOL! E começando pelo dia de início do torneio:

África do Sul 1x1 México



Tenho que assumir que não vi esse jogo muito bem, estava com sono e dormi em diversos momentos, mas o jogo não foi ruim, inclusive surpreendeu. A África do Sul que se viu foi parecida com a da Copa das Confederações, com futebol alegre, bom toque de bola e qualidade quando as jogadas encaixavam, só deixou a desejar no quesito finalizações. Mas de qualquer forma o gol saiu, e foi um belo gol de Tshabalala, um chute forte cruzado no ângulo. O México vem com uma seleção renovada, com jovens talentos de uma geração campeã mundial nas categorias de base, como Giovanni dos Santos e Carlos Vela. Também não esperava um grande futebol dos mexicanos, que apesar de tudo tem tradição em incomodar as grandes seleções. Com futebol rápido e jogando com três atacantes, o México dominou o primeiro tempo, e apesar da queda de rendimento no segundo tempo, conseguiu ter alguns momentos bons no fim do jogo. O gol feito pelo experiente Rafael Marquez se originou de uma falha da defesa Bafana-Bafana, que esqueceu de marcar o jogador do Barcelona.



França 0x0 Uruguai



Jogo pegado, amarrado, de poucos lances. Mas de qualquer forma, eu acredito nessa seleção francesa, que no papel ainda é uma das melhores, por mais criticada que seja. De fato, falta algo a mais, o time não está encaixado, Gourcuff apesar de ter algum talento, não faz nem sobra ao gênio Zidane. A teimosia do nada previsivel Raymond Domenech também prejudicou a equipe. Tirar Henry para colocar Govou foi no mínimo absurdo. Henry mesmo em má fase é o maior talento da França, é um jogador diferenciado que pode resolver com um toque na bola. E porque Govou? Porque não Cissé, que vive ótima fase no Panathinaikos? Enfim, apesar da partida fraca, a França conseguiu dominar a partida contra o fraco e violento Uruguai. Mas que apesar da carência de bons jogadores, teve grandes chances de gol com o guerreiro e talentoso Diego Forlán. Seu outro talento de ataque, Luis Suárez, não teve grande atuação.



Já no segundo dia o nível técnico das partidas evoluíu, até pela evolução das seleções em questão.

Coréia do Sul 2x0 Grécia



Outro jogo que eu não vi direito em razão do sono, mas pelo pouco que eu vi minha opinião combina com a da imprensa. Uma Grécia fraca técnicamente, sem a solidez da zaga que se esperava (ambos os gols provenientes de falhas). A seleção Grega se destaca pelo tamanho e lentidão de seus jogadores, tendo teoricamente como pontos fortes a defesa e as bolas paradas. Mas nada se viu, e pelo apresentado hoje, vai manter o tabú de não vencer em copas. Já a Coréia mostrou o futebol rápido de sempre, mas com inteligência tática incomum, muito superior ao que acostumamos ver dos Coreanos. Liderada pelo "craque" Park Ji-Sung, autor do segundo gol os Tigres Asiáticos jogaram um futebol de toque, bom posicionamento e velocidade. Os gols foram feitos por Lee Jung-Soo e pelo próprio Park, que fez um belo gol aproveitando a bola entregada pela zaga grega e com belos dribles de velocidade.



Argentina 1x0 Nigéria



Um dos melhores jogos até agora, não houve futebol amarrado nem enrolação. A Argentina partiu pra cima e a Nigéria aproveitou as chances de contra-ataque. O gol saiu cedo, em uma jogada ensaiada de bola parada, em que o zagueiro que jogou de lateral esquerdo Heinze conseguiu cabeçear sozinho. Detalha importante o das jogadas ensaiadas, que foram muito bem utilizadas pela Argentina. É notável a harmonia Argentina e o clima positivo criado por Maradona. Mas de qualquer forma e apesar da boa partida, a seleção Argentina ainda possui muitos problemas. Zaga insegura, laterais que não passam segurança defensiva (especialmente pelo lado direito, onde jogou o meia de ofício Jonas Gutierrez, que apesar de criticado não fez a função com a qual está acostumado. O meio de campo também não é dos mais fortes, possuindo apenas dois jogadores de qualidade, Mascherano na marcação e Verón, que apesar da idade, ainda é fundamental na armação da equipe. Já o ataque é bem munido, com vários jogadores de ponta como Higuaín, Tevez, Méssi, Milito, Agüero e Dí Maria. Com tantas opções fica até dificil de escolher. Maradona optou por Higuaín no meio, Tevez pela direita e Dí Maria na esquerda. Mas Dí Maria não jogou nada, literalmente. No primeiro tempo não pegou na bola NENHUMA vez, e no segundo continuou sumido. Méssi jogou mais atrás do ataque, tendo total liberdade e caindo por ambos os lados. Foi quem mais causou perigo para as metas de Enyeama, goleiro nigeriano e destaque da partida. Sobre a rápida e forte Nigéria, não há muito o que falar. Muitos passes errados, mas aproveitou algumas chances dadas pela seleção Argentina e causou perigo. Assim como na companheira de continente, África do Sul, pecou na conclusão.



Inglaterra 1x1 Estados Unidos



Outro bom jogo, criticado pela imprensa rigorosa que cai no erro de que para um jogo ser bom precisa ter muitos gols. No primeiro tempo a Inglaterra foi superior e conseguiu rapidamente o primeiro gol com o completo Gerrard. Manteve a superioridade em praticamente todo o primeiro tempo, mas o carma inglês das ultimas copas voltou a "assombrar". O goleiro Green leva um frango injustificavel dando aos Estados Unidos a chance de empatar um jogo em que pouco criavam. Já o segundo tempo foi muito bom, muitas chances de ambos os lados, um jogo literalmente lá e cá, a bola sempre indo de um lado ao outro do campo e causando riscos as metas de Green e Howard. Howard que mais uma vez se afirmou como grande goleiro, sendo um dos melhores em campo.



Daqui a dois dias tem mais sobre os próximos jogos!

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